Capítulo 1: Pedro
Havia um menino sentado no banco da praça, olhando
para o céu “como se estivesse rezando” ele fechou os olhos... : - Pedro!
Vamos! Temos estradas há frente! – Rapidamente ele abriu os olhos e se
levantou de pressa: – estou indo!! – Pedro era menino magro, não muito
branco, já fizera quatorze anos de idade quando decidiu procurar a sua
mãe que não o via desde que eram sete anos.
Agora ele andava com acompanhante, que e
um professor de universidade: – ansioso Pedro? –ele perguntou olhando
nos olhos do Pedro. Porém o Pedro não parecia tão animado: – um pouco...
Tenho mais é medo... – essa resposta deixou o professor Caio curioso: –
desculpa a minha curiosidade, mas pode-me contar o que houve com você, e
como as pessoas do orfanato te achou?
Pedro concordou em contar, afinal de
conta era esse professor que deu a oportunidade para ele sair do
orfanato para procurar a sua mãe: – Eu e minha mãe Larry e meu pai
Bartolomeu, morávamos todos juntos numa casa mais ou menos, janela
grande tipo italiano, telha verde. Quintal tinha cinco metros e tinha
capim... Éramos tão felizes que a vizinhança comentava todos os dias...
Algo começou a acontecer quando as
vizinhanças desconfiaram de algo... Cochichava pelas costas... Meus
amigos não queriam mais brincar comigo... E no fim começaram me
judiar... Teve muitas vezes que quase morriam de tantas pancadas que me
davam... :- olhe ele ali... Tanto como pai, tem cara de ladrão... –era
assim que elas falavam de mim e do meu pai...
Mas meu pai era um homem de boa conduta,
bom caráter... Impossível ser ladrão... Uma vez que eu estava chorando
no meu quarto, meu pai veio me consolar:- O que? De novo Pedro... –ele
acariciava tocando na minha cabeça – as vizinhanças e as crianças ficam
falando mentiras... Não fique assim – mas eu não conseguia segurar as
lágrimas.
Por causa das palavras maldosas que
recebi dos vizinhos e das crianças, não conseguia me animar – mas pai...
– soluçando perguntei para ele – eles me disseram que você não era meu
pai... – ao ouvir isso ele me abraçou e, com a voz bem mansa, me deu
seguintes palavras – Claro que você e meu filho...! Mesmo que eu estiver
errado, você continuará a ser meu filho...!
Ao ouvir isso, algo caloroso se espalhou
dentro do meu coração... E saiu pelo olho em forma de gotas... Eu
estava chorando de alegria, a saber, que realmente meu pai era meu
pai... A quem posso confiar, posso contar... Alguém que está disposto a
me proteger a qualquer momento... Só não sabia que a minha mãe também
chorava silenciosamente, com a outra razão...
Minha mãe sempre foi atenciosa e carinhosa, eu tive muita sorte por
ter os pais assim... Mas... Nem eu e nem o meu pai, percebia um segredo
que ela escondia... Único segredo que ela guardava por muito tempo...
Mais tarde, depois que eu completei seis anos, esse segredo foi revelado
numa forma de papel, um simples papel de exames de DNA... E tudo...
Mudou...
Depois de dizer isso o Pedro suspirou
fraco... Parecia cansado e não estava na condição de contar o resto,
sabendo isso o professor Caio, se esforçando para ser gentil:- vamos
parar por hoje? Já está se escurecendo, vamos ver se conseguiremos um
lugar para descansar – era o máximo que o Caio poderia fazer com que o
Pedro se sentir melhor
Na verdade, o Pedro parecia tão
amargurado ao lembrar passos a passos do seu passado que olhando no
rosto e no olho daria de saber, “o que houve com ele para ficar tão
deprimido? Até agora me parece uma família ótima... como ele foi parar
na rua??” o pensamento do Caio não parava de girar, mas, ele preferiu o
silêncio para o descanso do menino que estava exausto.
Na madrugada o professor Caio acordou com
o gemido, “o que me perturba a esta hora?” pensando assim ele abre os
olhos, colocando o seu óculo deu olhada a volta, e então estava ali a
cama que o Pedro deveria estar dormindo nela, o Caio pulou da cama, saiu
procurando nos cantos dos quartos, sala, a cozinha, e voltando para a
sala, viu que a cortina da janela grande estava aberta, e olhando com
cuidado ali estava o Pedro, sentado bem no canto olhando paisagem com o
rosto bem triste
No começo o professor queria gritá-lo por
ter saído da cama na madrugada e ainda deixando a janela um pouco
aberto, mas viu que ele estava se distraindo um pouco da sua profunda
tristeza “que provavelmente até nos sonhos atormenta o menino” a raiva
que havia subido até no consciente do Caio, desceu de vagar até
desaparecer
Olhando bem sem ligar a luz da sala, com o
brilhar da lua deu para reparar que o menino ali sozinho derramava
lágrimas... E o seu olhar estava distante... : – Pedro? – mesmo o Caio
perguntando, o Pedro não conseguia ouvir, pois estava mergulhando no seu
pensamento... – sei que tem medo de dormir, as pessoas do orfanato
deram alguns cuidados que devo tomar no momento como essa – e então
finalmente o Pedro ouviu a voz do professor
Percebeu que o Caio estava um bom tempo
ali, enxugou os olhos, e olhando vergonhosamente perguntou sem força –
quanto tempo o senhor está aí...? – o Caio sem criticar, muito menos
brigar, sentou-se perto do menino olhando pela janela deu uma palavra
que não era resposta – linda paisagem não? – os dois inter olharam, e
então o Pedro perguntou com curiosidade – o senhor não vai brigar
comigo? Por ter saído da cama há esta hora e ainda... Ter abrido a
janela...?
O professor, porém se espreguiçando, e
sem pressa alguma olhou agora para o menino – há! Nada de mais – e olhou
agora para o teto – todo mundo tem seu próprio modo de agir... Tivera
pesadelo? Você está meio pálido... – o menino olhou para o professor –
pessoas do orfanato contaram pro senhor das minhas insônias e do meu
pesadelo...? – o professor continuava a olhar o teto – um pouco, mas
elas não contaram os detalhes, disseram que eu iria descobrir no momento
certo – e olhou para o menino – acho que esse e o momento exato
O Pedro viu que o professor era meio
diferente de outras pessoas ignorantes, decidiu contar – e sim
professor... Eu tive um pesadelo... Toda noite eu sonho com isso e me
acordo... Daí eu não consigo mais dormir... – olhou para o professor que
estava fazendo rosto de quem queria saber dos detalhes, depois da pausa
continuou – sonho toda noite com os meus pais... – o rosto do Pedro
expressava agonia, tristeza e rancor... – devo contar onde parei... Não
e?
Não era costume, mas a mãe do meu pai
pediu para fazer um exame de DNA, e lógico, eu também... A minha mãe não
sabia disso, também era incomum o meu pai mentir para ela – pai, por
quer mentiu para mamãe? – o meu pai deu sorriso na minha frente – a
minha mãe que insistiu não se preocupe Pedro, nada vai dar errado,
aconteça o que acontecer, sempre estarei perto de você!! – mas essas
palavras sumiram quando ele recebeu o resultado...
Quando chegou esse papel, o meu pai
começou a tremer só as mãos, e depois gritou para mamãe “uma coisa que
nunca ele tinha feito”: – o que é... Isso? O que é isso??!! Larry!!!!!!
: – querido?! O que foi? Gritando assim... – foi aí que ela viu o papel,
o rosto dela começava a mudar de cor – querido... Eu... Eu queria muito
ter explicado... Mas não... Não conseguia... Eu tivera muito medo e...
E... – a minha mãe tremia muito e falava bem fraca, porém, antes que ela
continuar o meu pai gritou de novo com ela – como podia fazer uma coisa
desses Larry?? Como me enganou esse tempo todo?! Você... Você prometeu
que ia ser fiel e não iria esconder nada de mim...!!!! Como pode fazer
isso comigo?!
A minha mãe fez o máximo para explicar,
mas nada funcionava no momento, e eu, só ficava escondido, chorando sem
saber o que fazer... – querido, eu posso explicar... – quando a mamãe
queria se aproximar o meu pai recusava – Sai...!! Não-toque-em-mim!!!! –
depois de um bom tempo de discutir, só ouvi o choro da mamãe e um
barulho do carro do meu pai saindo na madrugada.
Ele começou a beber fumar, chegava muito
tarde em casa... Mas mesmo assim, eu queria falar algo com ele, qualquer
coisa serviria... Melhor do que desprezo na própria casa – p-pai...
Posso falar um pouco com o senhor? – mas ele não olhou com a
generosidade, me olhou como um lixo, e toda ignorância respondeu assim –
não me chame de “seu pai”!! – ele me deu um olhar bem frio, um olhar
cheio de ódio... Penetrante – não quero que você fale comigo!! Se não eu
tiro a vida da sua mãe!! – fiquei sem reação, “aquele e realmente o meu
pai?” fiquei pasmado e com o medo da ameaça do meu próprio pai, não
falei mais nada...
Não demorou em começar maltratar a
mamãe... Quando chegava bem bêbado, ele batia na mamãe por muitas horas
e, no fim soltava a palavra assim: – você me traiu!! Aquele porcaria é
relíquia da sua própria vergonha!!! – muitas vezes pensei e continuo
pensando, tudo isso aconteceu por minha culpa... Ele era tão bom... –
está vendo? Aquele menino e um demônio, por causa dele, o senhor
Bartolomeu virou bebedeira e fumante!! – as crianças e todos adultos
olhavam e falavam assim o tempo todo... Eram frios, mas parecia ainda
mais depois de acontecer isso...
Outras crianças não chegavam perto de
mim, cochichava entre si e quando me viam corriam para outro lugar – ele
e amaldiçoado!! Não toque nele se não vai ser amaldiçoado também!! – eu
sempre brincava sozinho... Antes nem ligava muito que eles falavam,
mas... Agora que o meu pai se transformou, eu pensava realmente que eu
era amaldiçoado... O meu pai costumava sempre brincar no escorrega bunda
e balanço, mas, agora, era somente eu...
: - viram? Como a mamãe me disse...
:- silêncio!! Ele pode nos ouvir!!
:- e melhor nem olhar pra ele...
:- que medo... Que medo...!
:- disseram-me que o pai dele ficou louco...
:- e verdade só o vê bebendo e gritando!
:- a culpa e toda “dele”.
:- quem?
:- dele!! Olhem ali!!
:- com certeza e culpa dele...
O balanço ficava balançando com o menino
odiado por todo mundo... O parque esvaziava quando alguém me
avistava... Ninguém me tocava, não falava, não olhava... Parecia que eu
era invisível... Parecia que eu... Não era necessário neste mundo...
Mesmo estando na luz do raio do sol, não conseguia sentir aquele
calor... A alma vazia... Sentia profunda sede de amor, sentia falta
muito grande de carinho e atenção... Mas... Tudo aquilo que era normal,
aquela pequena felicidade, havia tirado brutamente de mim...
Já tinha desaprendido como sorrir... E as
lágrimas eu conheci através do rosto da minha mãe, repleto de dor e
tristezas... Muitas vezes fiquei me perguntado, “o que eu fiz para a
minha mãe sofrer desse jeito...?” “o que eu posso fazer...?”, mas logo
percebia a triste realidade... Nada... Não podia fazer nada... Somente
as palavras perdidas no espaço de imensidão da treva, fiquei assim
horas... Dias... Meses olhando para o inferno do “só” compartilhando a
dor e a tristeza...
“Se alguém pode me salvar, salve-me rápido!!! Não sei se até que ponto
posso agüentar ficar nessa treva...” Todo momento me lembrava àquela
palavra do meu pai “Claro que você e meu filho...! Mesmo que eu estiver
errado, você continuará a ser meu filho...!”
..........meu Pai...........
Quando o Professor viu, o Pedro estava
dormindo... E então ele o levou para o quarto, deitou o na cama:- boa
noite – dizendo isso foi se deitar também, pensando no que acabava de
ouvir, e falou sozinho – amanhã teremos o dia bem movimentado... – deu
um suspiro de leve – amanhã temos que andar muito... – falando assim o
Caio foi consumido pelo sonho, e então neste local não ouviu mais um
barulho.
A noite estrelada, e no quarto um menino e no outro o professor,
dormiam silenciosamente, com o qual a janela da sala um pouco aberto,
deixando entrar um vento suave que tranqüilizava o coração aditado do
Pedro...
Continua para cap2
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